Sérgio Hondjakoff e pacientes em cárcere pagavam até R$ 1,2 mil e eram alimentados com salsicha

Serginho Hondjakoff, o eterno Cabeção de “Malhação” (TV Globo), e mais 45 pacientes que foram resgatados de uma clínica de reabilitação que os mantinha em cárcere privado, tinham como principais refeições salsicha e hambúrguer. As famílias dos pacientes pagavam de R$ 800 até R$ 1,2 mil pela internação na clínica que foi fechada em Pindamonhangaba, São Paulo.

Equipes do Ministério Público, polícia e assistentes sociais da prefeitura do município foram à clínica na quarta-feira (4) e lá, pacientes relataram que ficavam trancados em quartos durante a noite, na hora do almoço e no fim da tarde. Os telefonemas aos familiares eram controlados e vigiados pela clínica, segundo o G1.

Os pacientes também informaram que eram obrigados a assinar termos dizendo estar por vontade própria no local. A polícia ainda investiga se a clínica cobrava uma quantia em dinheiro para que os pacientes pudessem se vacinar contra a Covid-19.

Dois funcionários que tinham as chaves dos quartos foram presos, e a dona da clínica ainda não foi ouvida pela polícia. Foi apreendida uma quantidade de remédios no porta-malas do carro de um paciente, que não tinha acesso ao veículo, e ainda, não havia receitas para as medicações.

Segundo a polícia, os responsáveis devem responder por tortura, cárcere privado, constrangimento ilegal e falsidade ideológica, além de outros crimes.

Após ser resgatado e a operação policial virar notícia, Sérgio chegou a postar um vídeo negando que estava no local de tratamento para dependência química, mas em seguida voltou atrás, revelando que de fato estava lá, mas mentiu para tentar preservar o filho.