"Sem sentimentos", diz delegada sobre neta que mandou matar sargento
- Redação AM24H
- 27 de jan. de 2022
- 3 min de leitura
A jovem confessou que planejou o crime junto com o namorado e a motivação seria para roubar os R$30 mil que tinha na casa

A neta não demonstrou nenhum remorso pela morte do avô | Foto: Divulgação
Manaus (AM) - Thaysa Ramos Costa, de 19 anos, não demonstrou nenhum remorso por ter mandado matar o avô paterno, o sargento da reserva da Polícia Militar do Amazonas, Evandro da Silva Ramos, de 59 anos.
A vítima foi morta a tiros na tarde do último sábado (22), no que inicialmente era tratado como latrocínio, roubo seguido de morte. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) confirmou que a neta dele e o namorado são os responsáveis pelo crime e estão presos.
De acordo com a Delegada-Geral, Emília Ferraz, Thaysa é fria e não demonstrou sentimentos de arrependimento. A jovem confessou que planejou o crime junto com o namorado, Alexandre Borges de Oliveira, 20 anos, e a motivação seria para roubar os R$30 mil que tinha na casa.
"Uma familiar arquitetar todo um plano para matar um avô para pegar um dinheiro que estava na casa é um crime bárbaro. Ouso dizer que foi um dos casos mais macabros, porque ela aparenta ser totalmente desprovida de sentimentos. Ela não derramou uma lagrima ou demonstrou arrependimento." Emília Ferraz, Delegada-geral
O titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, revelou que Thaysa morava na casa com os avós e o plano de roubar os R$30 mil surgiu após uma limpeza doméstica no final do ano.
Ela encontrou o valor em um cômodo da residência e contou para o namorado, assim surgindo a ideia de roubarem o dinheiro.
A neta e o namorado traçaram um plano e para não serem reconhecidos, Alexandre chamou dois amigos para realizarem o latrocínio. A jovem mostrou exatamente como entrar na casa e onde o dinheiro estava guardado. O sargento estava juntando o valor para comprar uma casa para mãe de Thaysa.
"Ele vinha economizando ao longo dos anos, para comprar uma casa para mãe da mandante do crime. O casal traçou um plano que indicava entrada da casa, e eles planejaram até qual era a melhor maneira de entrar na residência e abrir o portão. Informações essas que só os familiares e residentes da casa sabiam", informou o titular da DEHS.

O casal foi o responsável por planejar o crime | Foto: Divulgação
No dia do crime, o sargento foi abordado por dois homens em uma moto, que estavam vestidos como frentistas e anunciaram o assalto entrando na casa.
O policial reagiu e foi baleado. Além disso, os criminosos fizeram de refém, dois familiares que estavam no local. Thaysa simulou uma briga dias antes e decidiu sair de casa, para não estar na casa no momento do roubo.
O nome de Thaysa teria surgido como participante do crime após familiares apontarem para a polícia que ela havia roubado R$7 mil da avó materna. Evandro, inclusive, teria defendido a neta e pedido para que não denunciassem a jovem. Na época do crime, ela foi expulsa de casa pelos familiares maternos, mas foi perdoada.
Com essa linha de investigação, e pelo fato da neta não ter participado do velório e enterro do próprio avô, a PC-AM chegou até Thaysa e Alexandre, que confessaram o crime. A equipe ainda contou que a principal divergência no depoimento dos dois, é que um acusa o outro de ser o idealizador do latrocínio.
Emília Ferraz conta que Thaysa afirma que o principal objetivo do crime era o roubo do dinheiro, no entanto, ela aponta que os criminosos já chegaram atirando no sargento.
"Na verdade houve uma execução premeditada. A ideia é de que eles ficaram com medo de serem identificados pela vítima e logo a mataram". afirmou a delegada-geral.

Os autores do crime já estão sendo procurados | Foto: Divulgação
Os criminosos irão responder pelos crimes e ficarão a disposição da justiça. Já os autores do crime seguem sendo procurados pela Polícia Civil.
Comentários