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Familiares de indígena morto em assalto a ônibus pedem justiça

  • Foto do escritor: Redação AM24H
    Redação AM24H
  • 17 de dez. de 2021
  • 3 min de leitura

A vítima trabalhava como jovem aprendiz e estava voltando para casa quando criminosos anunciaram o assalto na linha 444 e atiraram contra ele


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O enterro da vítima irá acontecer em Manaquiri | Foto: Adriano Sarmento


Manaus (AM) - Familiares do jovem aprendiz da etnia Sateré-Mawé Melquisedeque Santos do Vale, de 20 anos, se reuniram na manhã desta sexta-feira (17), para pedir justiça pela morte da vítima que levou um tiro na cabeça durante um assalto a um ônibus da linha 444.


O fato aconteceu na avenida Santos Dumont, no bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus, na noite de quinta-feira (16). A vítima era natural de Manaquiri e havia iniciado no primeiro emprego há duas semanas.


Em entrevista concedida a um portal de notícias local, o tio do rapaz, também da etnia Sateré-Mawé, Russian Saterê, pediu em nome da família, que as autoridades deem respostas a eles, punindo os criminosos responsáveis pela morte do jovem. Ele também falou sobre os sonhos interrompidos do sobrinho.


"Soubemos da notícia da pior maneira possível, ao recebermos imagens estarrecedores do nosso familiar. Não conseguimos acreditar de início, mas acabamos tendo a confirmação dessa tragédia. Meu sobrinho veio para Manaus antes da pandemia, buscando oportunidades de melhorias e de trabalho. Com a pandemia, ele ficou aqui e estava sobrevivendo fazendo artesanato e confeccionando máscaras. Surgiu essa oportunidade de ser jovem aprendiz e há duas semanas ele tinha começado no trabalho. Ele pegou o crachá ontem e, infelizmente, também foi ontem que morreu nas mãos de criminosos", relatou.


O tio da vítima afirmou ainda que na quinta (16), o jovem havia recebido a cesta natalina e estava muito feliz, inclusive disse à mãe que tinha uma surpresa para ela. No local do crime, a cesta ficou próxima ao corpo da vítima e foi entregue aos familiares.


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Itens da cesta natalina ficaram no chão do ônibus coletivo após o crime | Foto: Suyanne Lima


"Ele estava muito feliz por receber essa cesta natalina, mas infelizmente foi esse fim trágico que ele teve. A nossa família clama por justiça e pedimos que as autoridades tomem providências, pois é um sangue indígena derramado, o sangue de um inocente que tinha a vida toda pela frente. Melquisedeque não pode ter morrido em vão nas mãos desses marginais que estão aí para tudo ou nada e levaram uma vida inocente com eles", afirmou o tio.

O corpo do jovem será velado em Manaus e depois será levado ao município Manaquiri, onde receberá homenagens em uma quadra poliesportiva. O enterro acontecerá na aldeia de origem do jovem.

O caso

De acordo com informações do motorista do ônibus coletivo, três homens armados anunciaram um assalto na avenida Torquato Tapajós, no momento em que o veículo seguia para o centro de cidade. Os suspeitos ordenaram que ele desviasse o ônibus para a avenida Santos Dumont, no bairro Tarumã, na Zona Oeste.

"Um pulou a catraca do meu lado e anunciou o assalto, foi um verdadeiro terror. Ele ameaçava a todos e de repente ouvi um tiro pelo lado de trás. Entramos na rua que dá acesso ao aeroporto e eles desceram em uma área de mata. Antes de sair, a arma de um deles falhou quando ele tentou atirar contra a minha cabeça. Nessa hora eu pensei em jogar o ônibus dentro do mato, mas, logo depois, a cobradora avisou que havia alguém baleado", contou o motorista.

Veja os últimos minutos da vítima no trabalho:


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