top of page

Estudo investiga extração sustentável de óleos de plantas no Amazonas

  • Foto do escritor: Redação AM24H
    Redação AM24H
  • 20 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

Uma pesquisa desenvolvida no Amazonas estuda a exploração sustentável de óleos extraídos a partir de uma planta nativa conhecida como louro inamuí (Ocotea cymbarum).

ree

Óleos podem sem extraídos de várias partes da planta - Foto: Divulgação

A espécie que se desenvolve no Médio Solimões é capaz de produzir óleos utilizados na produção de móveis e construção em geral na várzeas. Eles também podem são usados pela indústria farmacêutica como matéria-prima para medicamentos, cosméticos e perfumaria.

A pesquisa que já está em andamento, é apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

A pesquisa, intitulada “Investigar o potencial de exploração sustentável de Ocotea cymbarum para a produção de óleos essenciais nas várzeas da Amazônia Central”, está sendo desenvolvida em áreas de várzea da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), nos setores Jarauá, Horizonte e Mamirauá, sob a coordenação da bióloga, doutora Darlene Gris, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM).

De acordo com a pesquisadora, os resultados permitirão conhecer melhor os potenciais de uso do louro inamuí e as formas mais rentáveis e sustentáveis de obter esses óleos essenciais.

Darlene ressaltou ainda que a busca por esses óleos em diferentes partes das plantas (folhas, cascas e frutos) amplifica a chance de encontrar compostos de interesse, além de permitir buscar as fontes mais rentáveis e menos invasivas para a planta na obtenção das essências.

Estudos anteriores já mostraram que dessa espécie pode ser extraído o óleo de sassafrás, que possui grande destaque por ser fonte de safrol, uma substância amplamente utilizada pela indústria farmacêutica, especialmente no tratamento de artrite reumatoide, doenças respiratórias, entre outros.

Outro exemplo na família Lauraceae é Aniba rosiodora, o pau-rosa, de onde se obtém o linalol, um composto muito usado na perfumaria, o que levou a espécie à categoria de ameaçada. Impactos Os impactos econômicos, a prospecção dos óleos essenciais produzidos pela espécie, a compreensão sobre a qualidade, variação e sobre as possibilidades de exploração desses óleos de louro inamuí nas várzeas da Amazônia Central servirão como base para futuros estudos relacionados ao manejo não madeireiro da espécie, permitindo que as comunidades explorem esse recurso de forma eficiente e sustentável, conforme a pesquisadora.

Quanto ao desenvolvimento ambiental, Darlene recomendou que seja fundamental propor métodos pouco invasivos de extração do óleo, o que se encaixa na ideia de valoração e manutenção das florestas em pé.

A pesquisa em campo sofreu um atraso devido às restrições da pandemia, mas já está na reta final. Os inventários florestais foram concluídos, faltando apenas alguns meses de acompanhamento das fases fenológicas e uma das coletas de material (folhas, casca e frutos) para análise dos óleos essenciais na fase de cheia das várzeas. Depois disso será iniciada a parte laboratorial para quantificação, identificação e análise dos compostos dos óleos essenciais, com previsão de terminar antes do fim deste ano.

Comentários


PORTAL A 24H_horizontal.png

Críticas, denúncias e sugestões:

 92 98417-9098/ 92 98107-3555

Siga-nos nas redes sociais 

  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter
  • Youtube

AMAZONAS COMUNICAÇÃO E PUBLICIDADE LTDA

© 2020 Amazonas 24 horas. Todos os direitos reservados.

bottom of page