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Após denúncia, presidente da CPI quer Davati depondo já nesta semana

  • Foto do escritor: Redação AM24H
    Redação AM24H
  • 5 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

O presidente da CPI da covid, Omar Aziz (PSD-AM) disse que quer ouvir ainda essa semana o empresário Cristiano Alberto Carvalho


O presidente da CPI da covid, Omar Aziz (PSD-AM) disse que quer ouvir ainda essa semana o empresário Cristiano Alberto Carvalho, representante da empresa Davati Medical Supply no Brasil. O empresário desmentiu o depoimento de Luiz Paulo Dominguetti à CPI, dizendo que ele queria “aparecer”.


“[A CPI]Tem a vontade de ouvir essa semana ainda o senhor Cristiano que criou toda essa celeuma em relação a ida desse senhor que esteve essa semana. Nós queremos saber o que motivou eles a fazerem isso, até tentar de uma forma muito desleal trazer um áudio pra desvirtuar e tentar fazer com que a CPI mudasse o rumo das investigações”, disse em entrevista à GloboNews.


Aziz se refere ao áudio levado por Dominguetti em que ele tentava incluir o deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF) nas supostas negociações de propina das vacinas.

O deputado, por sua vez, afirmou que o áudio é antigo e se refere a luvas cirúrgicas.

A exibição do áudio causou bate-boca entre senadores da oposição e da base bolsonarista.



O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), pediu que o presidente Omar Aziz determinasse a apreensão do celular do depoente, enquanto os governistas pediram que o aparelho de Luis Miranda também fosse retido.


Aziz disse que não poderia autorizar o pedido relativo ao parlamentar.

Os apoiadores do governo de Jair Bolsonaro chamam as investigações da CPI de “circo”, o que Aziz respondeu: “Circo foi feito com a vida das pessoas. Não houve interesse nenhum de comprar vacina de empresas sérias, […] mais de 100 e-mail da Pfizer. E aí um reverendo marca uma reunião e vai na mesma hora se reunir com o Dominguetti”.


“E são as mesmas pessoas envolvidas. Os mesmos nomes da covaxin, são os nomes da AstraZeneca via Davati”, destacou.

“E um nome que a gente não pode esquecer é o senhor Cristiano, que tentou fazer com que a CPI perdesse o rumo da investigação, desqualificando o depoimento do senhor Luis Miranda”


Questionado sobre o indiciamento do relator da CPI, Renan Calheiros, feito domingo (04) pela Polícia Federal seria uma tentativa de agir contra integrantes da comissão, Aziz diz achar que “em parte sim” e defendeu o relator.


“Indiciamento é nada. O inquérito ainda vai correr, o Ministério Público vai se posicionar, o ministro Supremo deverá se posicionar.”


“No senado o Renan tem a nossa solidariedade. Ele está firme na relatoria. Isso não vai nos intimidar. A gente recebe ameaças diárias”, completou Aziz.


A CPI da covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria é independente ou de oposição), investiga ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios.


Tem prazo inicial (prorrogável) de 90 dias. Seu relatório final será enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.


Reunião marcada em 5 horas


Emails obtidos pelo “Fantástico”, da TV Globo, revelam que o Ministério da Saúde marcou reunião com a Davati Medical Supply, menos de cinco horas depois de receber a proposta da empresa para aquisição de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.


O programa também teve acesso a mensagens enviadas por Luiz Paulo Dominghetti, suposto representante da Davati, autor da denúncia de um esquema de corrupção na compra de imunizantes.


Segundo a reportagem, Hernan Cardenas, diretor da Davati, encaminhou e-mail a Roberto Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde, lhe oferecendo as doses da vacina no dia 26 de fevereiro.


Às 10h30, o governo brasileiro respondeu marcando uma reunião para menos de cinco horas depois.


Fotos: Ariel Costa/Divulgação

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